sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mais um desabafo de alguém que só tenta não trair o seu coração.

  Sou mulher, feminista e não preciso de ninguém pra me fazer ser o que eu quero ser, vou lá e faço, me faço, carrego meu fardo de mês em mês, reclamo que meu cabelo está seco e não acho que uma prostituta é menos pessoa que uma empresaria, nem que uma domestica. Alias, sou contra o xingamento de "puta", sou mesmo, as garotas de programa só são diminuídas na nossa sociedade por que o sexo é considerado algo sujo e ruim. 
Já dizia minha avó,uma coisa que leva as pessoas ao ápice do prazer não pode ser considerado bom por nós, pessoas de bem ou que mulher que sente prazer é "puta". Parece coisa de gente velha, mas, nós sabemos que não é, tem muitos homens e mulheres por aí que pensam a mesma coisa, tanto que, até hoje, muita gente considera a mulher como mulher mesmo, só depois de perder a virgindade. Isto é, você precisa de um homem pra virar mulher, você não é mulher só por ser biologicamente do sexo feminino.
Digo, repito e grito: sou mulher muito antes de qualquer homem me "fazer virar". Sento no bar e peço a minha cerveja tranquilamente, sem ficar pensando que estão achando que eu sou uma encalhada,solteirona e que a minha vida é ruim por não ter um homem ao meu lado; ninguém vai mudar meu modo de vestir para que os homens olhem mais para mim, se eu estou confortável com as minhas roupas e, se ninguém gostar, que se foda, porque eu gostei.
Não é por que não tenho um companheiro que sou uma frustrada com a vida, uma coisa é você buscar um amor, outra é você tentar arrumar um namorado a qualquer custo só pra exibi-lo pra sociedade como um troféu " Olhem, olhem para mim, agora sou parte de vocês, tenho alguém pra chamar de meu e estou encaixando no grupinho de vocês, me aceitem por favor". Isso só demonstra, mais uma vez, que a sociedade acha que você precisa de um homem pra ser feliz, visto que uma mulher beirando os trinta anos e solteira é considera como triste e frustrada com a vida e um homem nessa mesma situação de vida é considerado como um "solteirão feliz e satisfeito".
  Bom, esse é só mais um desabafo de uma menina cansada de ser pressionada pra arranjar um namorado, cansada de chegar sozinha nos lugares e as pessoas olharem com dó e se perguntarem o por que de eu estar sozinha. Estou sozinha por que ninguem apaixonante o suficiente apareceu e eu não pretendo entrar em um relacionamento só para agradar ao mundo.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Crises do fim do mundo

  Então você passa em uma faculdade, estuda quatro/cinco anos, forma e depois trabalha pro resto da vida. 
Não sei se esse é o tipo de vida que eu quero pra mim. Eu sei que a gente precisa trabalhar, precisa de dinheiro, mas o foco nessa vida deveria ser buscar a felicidade e não buscar ter dinheiro a cada dia mais, não é? Coisas não nutrem a alma. Amor nutre, alegria, compartilhar felicidades, é isso que eu quero, é por essas coisas que eu vivo.
  Meu plano de vida é me mudar, morar em uma comunidade alternativa perto da praia; criar meus filhos longe de shopping, de transito, de televisão; dar aula com o intuito não de ensinar uma matéria, mas, principalmente, de formar seres humanos sem preconceito, com a cabeça aberta pro mundo e para o diferente. 
  Eu quero é pisar na areia; conseguir ver as estrelas no céu sem ter um arranha céu no meio; o gelado da aguá da cachoeira limpando o corpo; sentir o sol na pele e vento atrapalhando o cabelo.
Trabalhar sim, mas com algo que eu goste, que me faça crescer mentalmente, que me satisfaça, que me faça produzir algo útil pra humanidade.Nunca em busca do crescimento pessoal apenas, mas do coletivo também. O mundo tem muito pra oferecer, pro pouco tempo que sobra na rotina cansativa do trabalhador. 
  No auge dos meus 20 anos, eu quero pouco, eu só quero ser feliz e mudar pra melhor o mundo das pessoas a minha volta com essa felicidade.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Dramática.

- Brother, você é muito dramática.
-"Brother"?
-É, Brother.
- Mas eu sou uma menina, você não pode me chamar assim, não quero que você me chame assim.
-Mas, de onde eu venho, "brother" tem o mesmo sentido do "vei" dos mineiros.
- Você beija quem você chama de "brother"?
-Sim...
-Então tá, pode me chamar assim...

domingo, 18 de novembro de 2012

Papo reto.


  Sabe qual é a diferença ente eu e essas mulheres que alimentam uma paixão secreta por você? A diferença é que eu não escondo, não tenho medo de você não me querer, não tenho medo de você não responder e  não corresponder. 
  Não me importo de você saber da minha loucura por você. Vou mandar declaração de madrugada depois de beber muito além do que deveria, vou sim. Vou me oferecer pra ir à sua casa como quem não quer nada, mas querendo tudo. Vou falar que te faria mais feliz que a sua atual, vou sim. Nada vai me impedir, nem medo da rejeição, nem vergonha, porque o seu “não” eu já tenho, agora eu luto pra conquistar o “sim” que já foi meu algumas vezes um dia e que agora eu quero sempre.
Agora vai, me olha com aquela cara de “você precisa de ajuda psicológica” que eu tanto gosto e fala que eu sou uma atrevida que não tem limites, enquanto eu tento te beijar e você não desvia, não nega, apenas aceita e sorri.
  Até concordo que quem espera sempre alcança, mas quem espera sentado e não luta, dificilmente alcança do jeitinho que quer. E eu quero seu jeitinho recheado de reciprocidade pelo meu carinho, lendo Capitães da Areia e tendo o céu estrelado como teto, assim como os apaixonados do livro vivem, e perceber que, como eles, não precisamos de mais nada se temos o amor.


segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Pior que decepcionar mãe.

-Você não é mais criança. Já passou da hora de você ser responsável e definir suas prioridades na vida. Não é porque você tem um problema que vai encher a cara no bar, as coisas não são assim, as vida não se resolve assim.

  Tem coisas na vida que você tem que ouvir da pessoa certa pra fazer alguma diferença e assim tomar uma atitude. Em momentos como esse, que você decepciona uma das pessoas que mais importam na sua vida, percebe-se que você está trilhando um caminho perigoso, escorregadio e com espinhos, ao qual, talvez, não precisasse.
Pense, apenas reflita...

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Vem que vento.

  Você vem e bagunça tudo, como um vento que entra pela janela, derruba foto, joga os papeis no chão, apaga o fogão e bagunça meu cabelo. O problema é que desde de pequena eu gosto de vento, da sensação que ele dá de que vamos voar, da liberdade, do frescor e, agora, de você.

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Observo-te. Observa-me?

  Me olha, me olha de novo, me enxerga além das roupas, além das curvas, além do pratico, me vê por dentro, se vê dentro dos meu olhos.
Eu espero você cansar de me olhar pra me aproximar, eu espero a troca de olhares acontecer pra te abraçar. Porque, tem abraço que parece beijo e tem olhar que parece afago. 
  É o verde dentro do verde, é vontade animal contida no meio social, é tão simples e tão gostoso que a gente até complica. 
Só sabe quem sente e ponto. Não tem mais, nem menos; não tem ela, nem ele; tem só quem sabe, quem vê, quem gosta, quem ama. 

domingo, 23 de setembro de 2012

Pululante.

  Eu gosto assim, de amor que pulula. Fere, dói, machuca, ferve, depreda, devasta, transborda. Porque amor tem que reconstruir, derrubar.
Amor que não grita, não faz barulho, não causa formigamento, não te dá uns tapas e manda ficar calada não serve.
Tem que dar vontade de matar e de morrer. É intenso, são más e boas intenções,é insano, é indefinível, é abundante.
  Pra amar, tem que se abrir mão, rimar, mudar e queimar o que for preciso.

domingo, 16 de setembro de 2012

Eu só quero amor,a obrigação nós deixamos pros chatos.

Entra, mesmo se não for pra ficar.
Vem, mesmo que só pra tomar um café. 
Pode me amar só as vezes, não tem problema.
Não quero exclusividade
dispenso apresentação aos pais,
nem precisa me beijar em publico se não quiser,
só me da a mão que eu já fico satisfeita.
Penso que, em um universo paralelo e perfeito, as coisas se resolvem de modo mais fácil, assim, como se só de pensar em você, você fosse teletransportado pra onde estou. Quero me mudar pra lá.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Posso ajudar?

  Tira o cabelo caído no meu rosto,coloca atrás da minha orelha e eu me sinto em um filme hollywoodiano de romance. Sonho que dura pouco tempo, acordo como num tombo, não tenho estrutura pra competir com ex, não tenho paciência  pra dividir atenção e nem tenho certeza se vale mesmo a pena. Só guardo o ciumes no bolso e coloco um sorriso no rosto, nesse mundo novo o eu-ciumenta não tem vez.
  Não peço compromisso, não peço amor eterno, só quero o que eu posso dar, que é carinho, atenção e meu calor nessas madrugadas frias de agosto. Você tem outras opções, talvez propostas melhores, mas eu te escolhi pra passar o tempo, então me deixa ser seu passatempo. Me leva a sério, ou então só me leva.
   Me mostrou o outro lado da cidade, o lado dito obscuro pelos que não conhecem, mas que na verdade brilha, assim como seus olhos, mesmo as vezes distantes, quando procura algo no meio da multidão, e eu tenho vontade de gritar "Ei, para de procurar, eu estou aqui, bem aqui do seu lado" pra ver se você entende que sou o caso mais do acaso e o rolo mais enrolado que já pôde querer na vida.
  Outro mundo, outra vida e eu doida pra desvendar e me encaixar no desconhecido. Abre a porta, abre o coração, me deixa entrar, curar suas feridas e te mostrar que não é só com desilusão que se faz musica, mas com alegria também. 

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

O diferente é que me encanta.

  Se minha vida fosse um filme, seu nome aparecia nos créditos do fim como participação especial. Não é qualquer um que, em pouco tempo, consegue suprir minha carência e me ajudar, sem saber que está ajudando, a superar uma falha do passado.
Foi pra isso que você veio, pra mostrar que eu sou capaz, pelo sopro de auto estima, pra deixar entendido que mereço ser amada.
Veio, mostrou, foi embora sem avisar. O mundo é grande, a vida nem tanto, mas, se nossos caminhos se cruzaram uma vez, porque não iriam se cruzar novamente?

domingo, 12 de agosto de 2012

Irônica e sofrida, não necessariamente nessa ordem.

  A saudade é tanta  e sempre, que nem eu aguento escrever sobre ela mais. E eu tenho é dó dos meus amigos, porque se eu não aguento mais os meus próprios sentimentos, imagina eles, que nem tem obrigação de aguenta-los.
Eu queria prometer não falar mais disso, de saudades, de você, mas eu temo não cumprir e odeio promessas que já iniciam desacreditadas. 

  E, sabe, eu estou quase agradecendo ao novo rapaz, por me fazer sofrer por ele, mesmo que de leve, há tanto tempo eu chorava e sofria pela mesma pessoa que eu estava quase implorando pra alguém novo estragar a minha vida e direcionar todo o meu sofrimento à outra pessoa.
  Eu até agradeceria pessoalmente, mas parece que ele não quer me ver nem pintada de ouro, então, quem sabe um dia, se a gente se encontrar por acaso e ele não fingir que não me conhece, eu possa dizer o quanto foi importante sua participação breve e especial  na minha vida, e que, graças a ele, passei uma noite chorando, não pelo meu antigo amor, mas por um rapaz novo que eu nem gosto, mas que me fez lembrar o quanto minha vida amorosa é trágica, errada e desenfreada. Sendo assim, vou aproveitar, quando encontra-lo, e perguntar o que tem de errado comigo, já vou estar lá me humilhando mesmo, o que é mais uma humilhação na vida? Eu te respondo: nada. 
E, olha como sou legal, ele terá a grande oportunidade de me ajudar ainda mais se responder tal questão. É obvio que o problema da minha vida amorosa é ela ser minha, já não me engano mais, o problema sou eu, e eu queria que ele caridosamente me falasse qual é o meu problema pra eu tentar trata-lo e, quem sabe assim, ter alguem que me ame reciprocamente.
As vezes eu acho que já passou da hora de ser feliz no amor, mas, vai ver esse é só mais um dos erros que cometo

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

E no futuro...

  Eu sei que não era pra ser. Sei também que aquele beijo de despedida não aconteceu para evitar promessas, nunca te cobrei promessas, por isso, quando tive que te prometer algo sério, eu não me pronunciei. 
A única e última coisa que eu queria que você me desse, não pude ter, que era me despedir. Guardei a nota promissória do nosso beijo, quem sabe um dia eu tenho a oportunidade de usa-la.
  Quem sabe daqui a alguns anos a gente dê certo. Quando nossos sonhos estiverem caminhando para lugares parecidos e nossas vontades entrarem em sintonia.

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Saia do clichê, as aparências nem sempre enganam.

-E o que você gosta em mim?
-Gosto quando você passa me olhando firme nos olhos; das conversas; de quando fala umas verdades na minha cara; quando segura meu rosto e diz que eu sou linda. Gosto da cara que você faz quando passa ao meu lado e mexe comigo, assim meio arregalando os olhos; das sardas no seu braço e do seu nariz, que parece ter sido desenhado. Gosto de como você se veste, desse estilo hippie-largado-grunge-Kurt-Cobain. De como você sempre pergunta se eu to bem- repetidas vezes. Gosto de quando você imita a minha voz, só finjo não gostar porque sei o tanto que você aprecia ser implicante, dou-lhe o prazer de implicar comigo. Gosto até do fato de você falar e deixar algumas coisas subentendidas, me fazendo treinar, cada dia mais, minha leitura das entrelinhas.
Gosto, principalmente, dessa coisa que você tem de sobra, isso que o mundo chama de charme e que chamo também, só pra ser menos do contra e você me achar menos esquisita.
Você parece um anjo barroco, e eu temo dizer que, pela primeira vez, a aparência não engana. 

domingo, 22 de julho de 2012

Devaneios na madrugada.

  "Sem compromisso" não existe. Amigos com benefícios só é bom nos primeiros meses, depois é inevitável que você comece a gostar e se apaixonar pela pessoa. Se for uma paixão reciproca fica tudo bem e - parabens- você conseguiu fazer o seu amigo colorido subir de nível e se tornar  namorado. Mas e quando não é correspondida, o que fazemos? Parte pra outra? Finge que não ta apaixonado? Senta e chora? Essa vida de amar é muito difícil. Ou somos nós que complicamos os sentimentos? Alias, quando e como sabemos que o que sentimos é realmente amor?
  O que é o amor?
Tantas perguntas, tantas respostas prontas. Se eu quisesse respostas clichês não questionaria todo mundo, pensaria sozinha. Ou questionaria? Até porque, não há nada mais clichê do que divagar sobre o amor e os problemas que esse sentimento sem educação, que vai entrando na nossa cabeça sem pedir licença e ocupa um lugar muito grande, acarreta nas nossas vidas ?
  A vida nos ensina a perguntar e depois deixa claro que não existe verdade absoluta. Para o amor devia existir. Devia ter resposta pra nos ajudar com esse sentimento. Mas e se o fato do amor ser tão incompreensível é que faz dele algo tão indispensável pra nós ?

sábado, 14 de julho de 2012

Sem título, só saudade.

  Me disseram que a saudade vai diminuindo com o passar do tempo. Tenho a sensação de que não passou nenhum dia desde que você se foi, porque a saudade continua a mesma.

domingo, 1 de julho de 2012

É fogo.

-Você é maluca. Não nesse sentido ruim que você ta pensando. Eu queria entender esse fogo dentro de você, essa intensidade toda, você quer e quer demais e nada,nem ninguém, faz essa vontade passar. 
                                                                                                                                    -Mas eu sou assim com tudo, não é só com rapazes...
                                                                                                                                    -Eu sei, e é isso que eu tento entender. É por isso que você é tão sedutora com as palavras, você passa sua vontade de viver pra elas, elas saem da sua boca já devorando as pessoas a sua volta. É fogo demais. É fogo demais pela vida.

sábado, 30 de junho de 2012

Coincidências do acaso.

  Subia a rua enquanto voltava da aula, nem olhava as vitrines, já sabia de cor o que tinha nelas naquela semana que estava pra acabar. Fazia calor, como sempre e como sempre estava com sua mochila, short e uma blusa fresquinha qualquer. A rua estava bem cheia, de carros e de gente, movimento normal para o horário de volta pra casa, tudo normal, tudo rotina. 
  Andava olhando pra baixo, para o celular, mudava as musicas, ela é dessas que tem umas duzentas musicas pra ouvir, mas ouve apenas umas dez, as preferidas. Levanta a cabeça e olha pra frente, de relance acha que vê o rapaz dono dos olhos de criança e sorriso de malandro do outro lado da rua, toma um susto de primeira, pensa que sua visão periférica esta lhe pregando mais uma peça, acha que não é, afinal ela tem costume de o ver em todos na rua, mas dessa vez a sensação de parecer com ele não passa e ela tem certeza que é ele ali, do outro lado da rua andando na contramão. Sente o impeto de  atravessar e passar na frente dele pra ver se ele a reconhece, afinal já fazem anos que eles não se veem e talvez ele nem se lembre dela. Ela quer atravessar, ela precisa ve-lo de perto, ela quer ser reconhecida e ganhar um dos abraço que só ele sabe dar. Esperou tanto pra reencontra-lo que nem sabe o que fazer e se deve fazer.
De tempos em tempos pensava nele, e há muito tempo não pensava, mas sempre quis revê-lo, mesmo que de longe, passando, sempre quis. E agora a chance estava ali e ela estava parada na rua, deu de costas para ele, fingindo olhar alguma vitrine. Pensou tudo isso em fração de segundos e tinha mais alguns segundos até que ele desaparecesse na rua cheia de gente.
  Foi atrás,atravessou a rua correndo, irresponsavelmente, e foi andando apressada na direção do rapaz, até ver que ele andava de mãos dadas com uma moça, muito bonita por sinal, e parou. Ela parou de andar, não porque achava que ele não a receberia bem por estar acompanhado de outra mulher, mas sim por saber que não teria como matar, do jeito que sempre planejou, a sua saudade na presença da moça e resolveu guarda-la para, quem sabe, quando surgir uma melhor oportunidade, finda-la.
  Criança e malandro na mesma pessoa, era obvio que ele seria marca no seu coração pra sempre. Ela sente falta dos olhos e do sorriso, mas, saudades mesmo, ela tem é de beija-lo na ponta dos pés.

sábado, 23 de junho de 2012

Opostos até se atraem, mas não se sustentam.

  A gente não deu errado, o que aconteceu foi a tentativa infeliz de juntar as vidas tão diferentes que cada um levava.
  Eu era do dia, da calmaria, e você da madrugada, não tinha problema se era dia de semana, me ligava as três,cinco da manha falando ia passar na minha casa pra dar rolé. Ta doido, eu tenho aula daqui a duas horas, era o que eu respondia. 
Foi ficando cada dia mais difícil se ver, mais complicado de marcar alguma coisa a dois. Como é árduo quando o sentimento cresce proporcionalmente à distancia.
  Nós tentamos, tanto eu, quanto você, vivíamos mandando mensagens carinhosamente etílicas e arriscamos, inutilmente,  unir meu horário de almoço ao horário que você acordava. Te ver virou ultima fase de jogo de vídeo game, com direito a chefão, a falta de tempo.
  Nós, definitivamente, não demos errado, tenho ótimas lembranças do tempo ao seu lado, até o meu ciume doentio você soube domar e me mostrar que, sim, sua amiga era linda e fazia seu tipo, mas era comigo que você estava, era de mim que você lembrava quando estava bêbado, era comigo que você sonhava e era eu e meu estilo hippie-rita-lee-dos-anos-60 que te encantavam.  
  Fomos nos afastando, afastando, afastando e é triste concluir que o gostar não foi suficiente pra gente abrir mão das nossas vidas, das nossas rotinas.
Eu só queria entender uma coisa, até quando o ser humano vai perder amores por conta do egoismo? Eu só queria saber isso.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Cuidado, ela ainda está a solta.

  Você, caçadora nata. Caça vida, sente o cheiro do medo, sabe o que pode e como pode causar algum sentimento em quem quiser.
  Lembre-se que muita gente acha que sabe caçar, mas, na verdade, esse tipo de gente é a sua caça. Esperta, até demais pra idade, aprendeu a deixar que os outros achem que estão controlando a situação, mas ela sabe que é só superficialmente, sabe que no fundo ela está controlando e gosta disso, gosta de saber que está dominando.
  Não faz isso por maldade, ela não tem culpa de ter nascido com cara de meiga, jeito de meiga e alma de diaba. Não tem culpa e não se culpa, até gosta, vive a vida brincando com isso, surpreendendo e, as vezes, é surpreendida. É quando isso acontece que ela se apaixona, é quando, nem usando todas as suas antes infalíveis táticas, ela toma conta e controla a situação. É ai que ela perde, se perde e pede loucamente a reciprocidade, não é todo dia que ela encontra alguém que a faça se sentir uma indefesa caça pastando inocentemente em busca de amor- sem que ela deixe, é claro.

domingo, 10 de junho de 2012

Renove-se.

  Deixa de lado essa ansiedade menina, para de colocar o carro na frente dos bois, não da pra controlar tudo ao seu redor, e nem tente, deixe a vida seguir seu curso sozinha. Tem coisas que vão acontecer, você querendo ou não, e tem outras que, mesmo você querendo muito, não vão acontecer.
Entenda que as coisas acontecem quando tem que acontecer. Não crie expectativas se não está disposta a encarar as frustrações.
  Pare de tentar controlar o incontrolável. Sinta a vida. Sintonize-se com o mundo. Dê um tempo das obrigações, dê um tempo das chateações, se dê a oportunidade de cantar e se encantar com o acaso.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cansei.

  To cansada de te perder, como sempre, e por isso me perder depois. Porque saudades doí, corroí, sangra e eu to cansada de me sentir em pedacinhos. To cansada de deixar um pedacinho meu com alguém e essa pessoa ir embora.
Cansei de escrever o prefácio e o capitulo I não acontecer. Quero reciprocidade.

terça-feira, 22 de maio de 2012

domingo, 20 de maio de 2012

Carta (pós show) da saudade.

  Oi.
  Eu sei que prometi, pra todos que me viram sofrer com a sua partida, que não te procuraria mais, mas essa não é uma carta de pedido de volta, é que últimos   acontecimentos me fizeram pensar muito em você e há muito tempo eu não te queria tão junto de mim. Senti que isso só poderia ser um sinal e que você precisava saber. Mas, olha, vou entender se você não me responder, talvez seja melhor assim mesmo.
  Você apareceu do nada; entrou sem avisar, sem pedir licença; curou todas as feridas dos outros ex-amores inacabados. Te dei uma musica, um texto, um abraço quente e o meu coração. 
  Ainda tenho aquela carta que você me deu na despedida, que dizia pouco, mas era tudo que eu precisava "do nosso amor a gente é que sabe, pequena" e por conta disso ofereci essa musica a você. Você, meu ultimo romance, mereceu uma das musicas que eu mais gosto, de uma das bandas que eu mais admiro, você mereceu sim.
Meus amigos diziam que isso era um erro, fazer de uma musica objeto para lembrar de alguém é um maiores pecados que se pode cometer, porque quando a pessoa vai embora a musica fica e você passa a odia-la. Mas eu sabia que isso não aconteceria, porque odiar uma musica, se eu não odiava você, o dono dela? Não faz sentido.
  O tempo passou ,e eu até gostei de outras pessoas. Não lembrava de você há muito tempo e não te vejo há mais tempo ainda. Mas ontem, me vi, no meio da multidão, no show do Los Hermanos, com o Amarante na minha frente cantando a sua musica e desatei a chorar. A musica abriu a gaveta mais bem fechada do meu coração, me tocou e derrubou o muro que eu construí em volta dos meus sentimentos por você, a fim de evitar senti-los mais um vez.
Chorei de alegria por estar ali e de saudades de você. Por lembrar que, na época, até quem me visse lendo jornal, na fila do pão, sabia que eu tinha te encontrado, que ninguém podia dizer que era tarde demais e que nós eramos tão diferentes assim, já que do nosso amor, só a gente sempre soube.
Da sua pequena.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Aprendeu a me domar.

- Esquisita! Estranha! 
                                                                                                                              Após alguns segundos de silencio, enquanto olhava esperando a minha reação (que não manifestei), ele disse:
                                                                                                                                   -Parece que só quando eu te xingo que você me escuta.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Saudosista, por que não?

  Acordei nostálgica. Saudades, saudades e mais saudades definem essa manha de sábado. 
  Saudades das conversas filosóficas com o meu pai, da comida da minha mãe, de brincar de me maquiar com a minha irmã e de ver desenho de manha,antes da aula, com o meu irmão. Da minha cadelinha, que aprendeu muito bem como buscar a bolinha, mas não a entregava nem sob ameaça. Das minhas amigas de infancia, todas. De todos os apartamentos que eu já morei e todos os quartos que eu dormi. Dos meus antigos rolos, daqueles que só existiam na minha cabeça, dos meus amores platônicos do ensino fundamental e dos eternos amores da minha vida que, não importa quanto tempo passe, sempre que os revejo sinto um revertério no estomago e começo a tremer. 
  Penso em como minha vida mudou depois que você apareceu e depois que se foi.Você não foi mais um, eu trocaria todos, os rolos, os amores platônicos, todos que já passaram na minha vida, eu trocaria por você, você foi um rito de passagem. Fico feliz só de ter te conhecido e por ter tido o prazer da sua presença ao meu lado, mesmo que por pouco tempo. 
Muito saudosista, eu sei. A gente fica assim, quando nada que está aconteceu na vida, no momento, supera os acontecimentos do passado. 

quarta-feira, 2 de maio de 2012

T.A. - Tristes Anônimos.

  Já bebi toda a minha tristeza e ela não passou. Só intensificou, na verdade. O álcool faz a gente ficar mais sensível, e, quando a sensação de estar bêbada passa,a vida continua o mesmo caos, a mesma bagunça e eu a mesma menina que vem perdendo o brilho dos olhos de tanto chorar. 
  Parei - não de chorar, não com o álcool, mas com essa vida que fez de mim uma chorona bêbada.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Verde-espancado.

  Entenda, não existe "dedo podre", você atrai o que transmite, você atrai esses homens porque quer e entra nessas ciladas amorosas sabendo disso. Você gosta né? Você gosta de sofrer desilusões amorosas. Eu costumo entrar em umas furadas, mas você é insuperável. 
  O que você quer? Você quer carne? É isso? Então eu to aqui, me usa, mas não se mete mais com esses caras por ai não. Você é bonita demais. Não, não me agradece, não estou falando isso pra te agradar, to falando pra você  interiorizar e entender o quanto é interessante. Você é inteligente demais.Você pega as coisas no ar. Não me agradece, já falei.
  Sabe o que eu penso sobre você? Você passa a imagem de inatingível. Não, não é de não ter sentimentos, é de ser difícil de atingir mesmo, talvez seja o fato de você não olhar nos olhos muitas vezes e sempre parecer não estar prestando atenção no que os outros falam com você.Ta vendo, igual agora, eu sei que você está prestando atenção, mas parece que não está. Eu sei, é o seu jeito, mas quem consegue controlar a imagem que passa aos outros, tem o mundo.  
Não desvia o olhar. Me olha. Olha pra mim com esses olhos verde-espancado que me hipnotizam e para de insegurança, você não é frágil, não é fraca, nós dois sabemos disso. Você é sedutora, você seduz com a intensidade que você coloca nas palavras, com o seu modo de falar você leva qualquer um na conversa. Alguns chamam de simpatia, outros de charme, pra mim é sedução. 
   Você é quem você quiser ser. Aprende isso, você comanda a sua vida. Você, só você e mais ninguem.

sábado, 21 de abril de 2012

Desabafo.

Sinto falta de me apaixonar, mas é de verdade e não esse sentimento doentio que eu nutro por alguns rapazes só porque é, praticamente, impossível estarmos juntos e eu adoro uma conquista impossível pra ocupar minha mente.

sábado, 14 de abril de 2012

Eu me basto.

  Talvez eu não tenha nascido pra namorar, talvez eu não esteja no momento pra isso, talvez eu nunca esteja.
   Eu sou livre. De cabeça, de vida, de alma. Eu sou luz refletora, não receptora.
Não me preocupo mais. Não me importo com familiares me  perguntando onde está meu namorado ou com os meu pais me dando dicas de como arranjar um. Porque não me perguntam como anda meu curso de francês? Ou sobre qualquer outra questão da minha vida, que não seja a amorosa? Mas não, as pessoas  ficam aí, patrulhando a cama alheia, os amores alheios.
Não que eu tenha me entregado a solteirice eterna e não queira namorar nunca. Só deixei essa neura de tenho-que-arrumar-um-namorado-a-qualquer-custo de lado (e olha que, quando você é a única solteira no seu grupo de amigas, você tem licença pra pirar).                                                                                                    A verdade é que eu não estou com paciência pra insegurança dos primeiros meses, pra ter a obrigação de encontrar todo fim de semana, de lembrar que agora que sou comprometida todos os rapazes lindos, que se interessarem por mim, serão chutados pra escanteio. Não adianta me dizer que estou sendo radical, e não tem tanta diferença na vida de uma solteira pra de uma comprometida, porque eu sei que tem. Eu quero que tenha.                        Aproveito tudo que minha solteirice me proporciona, não regulo sorrisos e conversas que sei muito bem como terminarão, queria fazer o mesmo com o namoro, aproveitar tudo que uma pessoa comprometida pode ter.
  Já não aguento mais ouvir que é pra eu esperar e nao desacreditar, que minha hora de namorar vai chegar. 
Quer saber, eu estou pouco me importando com isso. Vou esperar mesmo, mas vai ser dançando, bebendo e me divertindo. Se for pro amor me encontrar, ele vai ter que sair me procurando pelas noites da cidade; pelos bancos de trás dos carros, acompanhada por, quem sabe, o amor da minha vida ou girando meu vestido de verão ao som de musicas boas e ruins, em festas que só terminam com a chegada do sol.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Amo, amas, amat.

 O amor toca o fundo da minha alma, me desarma, me norteia e desnorteia ao mesmo tempo. Me da vontade de chorar de alegria quando eu o vejo, o sinto, o percebo.
E eu choro, choro sorrindo, um sentimento tão desvalorizado e mal interpretado por algumas pessoas, merece um pouco de atenção de quem acredita tanto nele.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Interprete meus sonhos,senhor Freud.

  Fazia muito tempo que eu não sonhava com você. Eu até lembro do ultimo sonho antes desse. Foram poucas as vezes que você me visitou no mundo do Morfeu, mas foram tão reais que quase cessaram com a saudade que eu alimento há meses. 
  Não lembro direito o que aconteceu, e não é conversinha de gente que lembra e tem vergonha de contar por ter algumas partes picantes, mas lembro do essencial. Você sorria muito, e eu sempre fui apaixonada pela sua risada e pelo modo como você fechava os olhos quando ria muito.
  Vejo esse sonho como um adeus, uma libertação. Sua felicidade na nossa despedida foi como se nossos inconscientes conversassem e você estivesse dizendo: "vai, vai dar tudo certo. Você não precisa mais de mim pra se apoiar, alguém tem que me tirar do seu coração de vez e me deixa continuar só nas suas vagas lembranças, esse novo rapaz merece uma chance, eu acredito nisso e sei que você quer acreditar. Você precisa me deixar cair no esquecimento para seguir livre,leve,solta e ficar apaixonada novamente, você é tão linda amando". Antes que eu me esqueça, obrigada por aflorar o meu lado passional, eu gosto dele.
  Acordei meio chorando, meio aliviada, meio sem entender, meio imaginando o que você estaria fazendo aquela hora da manha na sua casa, meio querendo voltar pro sonho para ,pelo menos, um ultimo beijo, um ultimo abraço e um ultimo cheiro, mas com a convicção inteira de que você foi um degrau importante da minha vida, mas foi. Já foi. 
  Sinta-se convidado a me visitar durante o sono sempre que puder, sei que por enquanto é melhor você sumir mesmo, mas quem sabe daqui um tempo, quando já tiver um novo rapaz reinando no meu coração e você tiver ido parar na minha caixa de lembranças mais secretas e especiais, eu consiga te ver e não te querer, o que, diferente da banda Skank, eu acho provável e possível.

sábado, 31 de março de 2012

Vem tirar férias da sua vida comigo.

  Me ligou no meio da semana pela manha, como das outras vezes e, pra variar, larguei tudo, aula, família, amigos, até pulei o almoço pra ter mais tempo com ele. Não me venha com "você tem que ter amor próprio, não pode ir ao encontro dele como um cachorrinho" porque sim, eu posso, e eu quero. Eu quero, eu vou, eu faço e  ninguém me tira de cabeça.Destrambelhada? Inconsequente? Prefiro o termo intensa.
  Cheguei e ele estava sentado de frente para a porta, me esperando. Entrei e logo vi aquele sorriso lindo, o cabelo cacheado preto, o olhar que sempre me fez ficar perdida. Não vi mais nada. Não sei se tinha gente nas mesas ao lado, se tinha alguém me olhando, na verdade, eu mal sei a cor do forro da mesa. Em compensação, sei a conta certinha de quantas pintas ele tem no braço e de quantas vezes pôs a mão em cima da minha.
  Me perguntou onde podíamos ir, como se não soubesse onde queria me levar. Respondi que iria onde ele quisesse me levar, como se eu não soubesse onde iriamos.
Fui. Fomos. E, se depender de mim, vou de novo. Foi bom, foi satisfatório, foi divertido, deu pra matar a saudade.
No dia seguinte não teve ligação, não precisou, acordamos juntos e fomos ao cinema, como os casais normais e socialmente aceitos fazem.
  Era só isso que eu queria, não precisa me prometer amor eterno e promessas de casamento, basta a reciprocidade dos carinhos, um olhar dizendo que vai me devorar e se doar por completo quando estamos juntos.
Tudo ao seu lado é bom, desde uma tarde louca num quarto de hotel, até pedalinho no parque regado a pequenos beijos e mãos dadas.
  Não me promete que volta, não me dê datas e previsões de outras tardes como essas. Mas, volta?

sexta-feira, 23 de março de 2012

(Re)Começo.

  Tenho medo de te perguntar porque eu, logo eu, porque me escolheu no meio de todas? Tenho medo de perguntar e você se dar conta que é demais pra estar só comigo ou de descobrir que, na verdade, você não está só comigo e nem cogita essa hipotese.
  Você acorda e em dez minutos está pronto, sem cara amassada, com muita vontade de viver e um all star velho,surrado e que, se falasse, contaria as histórias mais loucas e bizarras da sua vida. E eu, pobre de mim, me visto de auto ajuda barata pra tentar não matar metade do mundo por não conseguirmos chegar aos seus pés.
Chega a ser injusto tanta confiança,beleza, alegria, brilho nos olhos, luz e um sorriso contagiante em uma pessoa só. É judiação meu deus? É um teste? Porque, se for, tá mais fácil eu entender a teoria da relatividade do que o que passa pela  cabeça desse rapaz pra gostar tanto de uma menina comum, meio nerd, meio estranha, meio que sabe cozinhar, meio confiante-desconfiada. É muito homem pra meio menina, meio mulher.
  Não me olha com esses olhos cor de mel- que já vem com a doçura incluída- que invadiram minha armadura de durona e me tiraram da eterna solidão de não conseguir me apaixonar por ninguem. Não me importo de você olhar para aquela morena sambando, desde que não seja o mesmo olhar que me faz virar a cabeça e perder a noção de tempo, sentido e espaço. Me olha de longe, quando está no meio do seu grupo de amigos, que eu não responsabilizo pelo meu ato seguinte.
  Quer saber? Perfeição tem nome, apelido, endereço, pai, mãe, irmãos, sonhos, assuntos, me faz ficar com as bochechas vermelhas, um sorriso de orelha a orelha, o coração disparado e meio tímida depois do beijo. 

domingo, 18 de março de 2012

Quem pergunta o que quer, talvez ouça o que não quer - talvez.

-Você é apaixonado por ela?


-Não, com ela é amor. Eu a amo. É brando, é certo, me acalma, é futuro, não tem contratempo. É sentimento bonito que gera frutos. Por você que é paixão, é errado, me inquieta, mexe com algo que eu não sei explicar. Você tem o pior e o melhor de mim. Meu bem e meu mal. É loucura, é problemático, é incerto, é tesão. É ferida aberta que, quando ta cicatrizando, você sorri maliciosamente pra mim e eu cutuco só pra sentir uma dorzinha.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Nota mental: me jogar na vida sem medo.

  Ah, o arrependimento. O único arrependimento sério dos meus,quase, 20 anos de vida.
Eu poderia me arrepender por ter feito tantas coisas, por ter bebido além da conta, por ter dado falsas esperanças para aquele simpático rapaz, por estar nas redes socias ao invés de estudar para aquela prova impossível de francês, por não ter tido amor próprio e ligado pra quem não devia; mas não, o arrependimento por não ter feito é que martela, corta, fere, machuca, embrulha a minha cabeça e preenche minhas noites.
  Perdi uma oportunidade por temer o desconhecido. Qual o nivel de medrosa eu atingi depois dessa confissão? Sou uma medrosa que agora passa as noites prometendo pra si mesma que, se essa oportunidade surgir de novo na minha frente, vou agarrar com unhas, dentes e lutas corporais. Mas, como diz o ditado, "o raio não cai duas vezes no mesmo lugar" e, digamos, que eu não possa contar muito -quase nada- com um empurrãozinho do destino. Eu já não tenho sorte e estou querendo ter sorte duas vezes pra mesma coisa. 
A sorte já me sorriu e eu, bestialmente, não sorri de volta. Agora ela ri da minha cara de boba e se diverte com a minha frustração.
  Não sei se vai aparecer de novo a oportunidade, provavelmente não, certamente que não, mas deixo aqui minha promessa: "Eu, tendo total controle das minhas faculdades mentais, prometo não deixar o medo me controlar e ser figura importante no ato das minhas decisões". Pronto, agora é torcer e pensar muito no ato realizado.
Já ouvi falar que o universo materializa o que pedimos com vontade, então vai universo, sua função é só materializar ele aqui na minha frente, o resto você pode deixar comigo.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Anuncio.

  Eu queria ter coragem pra enviar aquela mensagem que eu escrevi há semanas e está salva na minha caixa de rascunhos, eu queria que você -magicamente- descobrisse meu endereço novo e aparecesse na porta do meu prédio no meio da noite. Eu vou estar acordada, eu sempre estou acordada esperando por uma ligação sua.  
Eu queria brincar de ser feliz, como já disse o Los Hermanos em uma de suas musicas, mas não dá, não ta dando pra brincar de ser feliz sozinha, seu lugar ta aqui, guardadinho, mesmo sem você imaginar que esse lugar vago ao meu lado é seu. Eu sou sua.
  Me abraça mais, sorri comigo, me da bom dia e boa noite. Me procura, me encontra, deixa eu me perder na vida com você.
  Troco saudades imensa, devastadora e quase domada por algumas horas de corpo presente de presente pra mim. Ao mágico capaz de me proporcionar tal troca: tratar aqui.

sábado, 11 de fevereiro de 2012

Passa tempo tic-tac, tic-tac passa a hora.

  Hoje vivo andando por ai, de fones nos ouvidos, observando os passarinhos, provando novas comidas, vendo pessoas de um lado para o outro, me lembrando que a vida não para pra gente respirar e decidir o que fazer dela, não há tempo para pensar no que escolher, tem que escolher.
Ando pensando tanto em pensar na vida, que não tenho amado. Os dias vão passando e eu assistindo de coadjuvante. A vida sem amor não é nada fácil.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Mais uma noite, mais um dia.

   Derrubaram meu copo. Inferno. Ou será que foi eu mesma que derrubei? Talvez seja um sinal de que já deu de bebida por hoje. Não quero conversar, não quero conhecer aquele rapaz da outra mesa, não hoje, pelo menos. 
  To impaciente, não sou, mas estou. Normalmente eu sou otimista, sorridente e brilhante, mas hoje não, estou sozinha em uma mesa, não levantei para dançar e balançar meu vestido de bolinhas até não aguentar mais, não quero levar cantada de ninguém, não quero me meter em nenhuma conversa, nem amizades no banheiro feminino eu pretendo fazer.
  Ta tudo indo mal, ta tudo errado, to cansada de ouvir que tenho que pensar positivo, que o universo materializa o que pedimos com vontade, que a roda da fortuna gira e se hoje eu to lá embaixo é por que amanha estarei lá em cima. Quero que o universo, o pensamento positivo, a roda da fortuna e você que me fala essas coisas se explodam. Todo mundo sabe que se tem alguma coisa dando errado, a tendencia é mais coisas darem errado, é a famosa e minha companheira de vida Lei de Murphy "Se alguma coisa pode dar errado, com certeza dará".
  Não que eu esteja culpando alguem pela minha falta de sorte "momentânea", eu só acho que talvez seja interessante se eu trocasse de sorte com algum dos babacas que falam que eu reclamo sem motivo, só pra eles reclamarem e eu falar "para de reclamar sem motivo, tem gente pior que você". To azeda, to mal humorada, to grosseira ou as pessoas no mundo andam muito folgadas mesmo?  
  Quero ir pra casa e ser recebida pela minha cadela com aquele olhar de pureza, que só os cachorros e as crianças tem, ver o rabo balançando e ter certeza,como poucas vezes temos, de que ela está alegre em me ver, que me ama e até já esqueceu que eu a deixei o dia inteiro sozinha - com a televisão ligada, claro, nós duas não gostamos de nos sentir sozinhas.
Ir pra casa é concluir isso, estou sozinha. Gosto de ficar aqui, no bar, me engano pensando que a qualquer momento você pode entrar por aquela porta e olhar diretamente para mim. Até me arrumo na cadeira depois desse pensamento. Acho que a situação está pior do que eu pensava, antes ser uma bêbada pessimista, do que uma iludida.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Já que sinto, me deixa sentir.

Gosto de sentir saudades quando sei que ela vai ter um fim. Não sei quando, como ou onde, mas sei que um dia ela termina.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ainda não passou.

  Saí daquele barzinho com o coração na mão. Nas suas mãos. Olhei pra trás e você continuava de pé, me olhando sumir, sorrindo aquele riso que me faz ter pesadelos até hoje, aquele que não precisa vir acompanhado de nenhuma palavra que eu já sei que é forçado, pra não chorar.Vem, corre atrás de mim agora, essa é a chance, a única talvez, de você mudar os nossos destinos daqui pra frente. Não correu.
  Chorei como venho chorado há semanas, sofri por antecedência pensando que no dia ia aguentar não soltar uma lagrima na sua frente, queria que você ficasse, mas não que eu  te pressionasse a isso. Tinha que ser por vontade própria.
As pessoas me olham. "Qual é? nunca viram ninguém chorar não? O transporte é publico, posso chorar o quanto eu quiser já que paguei passagem" é o que eu penso por uma fração de segundos, mas só penso, não falo, ninguem merece ouvir uma grosseira gratuita, ninguem tem culpa do meu sofrimento. Nem eu. Nem ele. 
  Coloco a musica mais melosa e romântica pra tocar, se é pra chorar copiosamente que seja com trilha sonora a altura. Faço uma playlist perfeita para a fossa, só não tem a nossa musica, afinal quero algo para embalar a minha tristeza, não para me atiçar ao suicídio. 
  A sensação de falta estendeu-se por mais tempo que eu imaginava. Eu não quero continuar, mas saiu do meu controle e eu já me apeguei ao sofrimento. Continuo saindo, continuo paquerando, voltei a ler nas sombras das árvores, acompanhei e ajudei na história de amor de outros, me apaixonei por livros velhos e bebidas novas. 
Seria clichê e uma grande mentira dizer que superei e nem me importo mais, sei que se te ver na minha frente vou sentir as pernas tremerem, não ver mais nada a minha volta, só querer te abraçar e sentir seu cheiro de banho tomado. Não é que te querer atrase a minha vida, mas também não me adianta em nada.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Faísca que nunca apaga.

  E ali estava eu, em mais uma daquelas conferências chatas e entediantes. Mas era preciso, era necessário, fazer contatos, conhecer gente influente. No meio literário isso é muito importante, nada como uma boa carta de recomendação.
  Mais um copo de refrigerante e lá estava ela. Linda, mais linda que da ultima vez que a vi, o que deve fazer uns seis ou sete anos, muito tempo, tanto tempo lhe fez bem. Tenho duvida se é ela até ver a tatuagem, o simbolo da paz na nuca. Penso em me aproximar, mas e se ela não lembrar de mim? E se ela me tratar com indiferença? O real motivo pra eu querer ir até ela é falar "oi, lembra de mim? Costumávamos passar as tardes na minha republica, matávamos aula na universidade para jogar truco, dançávamos forró nos bares..."?
  Não crio coragem, mas vou, já imaginando que vou gaguejar, parecer bobo na frente dos amigos dela ou talvez ela nem me reconheça e eu seja rapido o suficiente para inventar que a confundi com uma amiga que não vejo há muito tempo. Não posso deixar ela ir sem ao menos ter certeza de quem ela é, encontros armados pelo acaso não são sem querer, e eu quero saber o que o destino reserva pra mim nessa noite.
  A cutuquei. Droga, me arrependi, por que cutucar? Não existe algo mais chato e irritante que cutucar, só no facebook é aceitavel. Ela vira, me olha com um meio sorriso que teve inicio na conversa com os amigos e morreu ao me ver. 
Balbuciei "oi, você é a..."  e fui interrompido por um abraço. Que saudades do seu abraço, do seu cheiro, saudades de quando você era meu mundo e o seu mundo era iluminar a minha vida. 
  Conversamos, agora acompanhados de uma taça de champagne- não costumo beber em conferencias, mas era um caso especial- por algumas horas não existiam os  problemas, caos no transito, cheque especial, o noivo dela, seu emprego estressante de professora. Nada, eramos apenas velhos amigos, parceiros de aventuras universitárias, paixão antiga e nunca esquecida. Um solteirão de meia idade e sua musa. Contei que ela era a personagem principal de todos os meus romances e ela me disse que sempre lembra de mim quando ouve Los Hermanos.
Trocamos e-mail  e telefone. Vê se não some, me liga mesmo, ela disse, olhando para atrás, enquanto ia embora de mãos dadas com o noivo.
  Reencontros, antítese de sentimentos. Te amei ao ver que você está tão bem, me odiei por você estar tão bem com outro.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Se você soubesse, seria diferente?

-Sabe pequena, tava me perguntando "por que gosto tanto daquela menina magrela, risonha, desencanada e que sempre embarca nas minhas conversas viajadas?"

-E descobriu o por que?

-Descobri, é que toda vez que estamos juntos, eu te abraço e sinto seu coração bater.