terça-feira, 24 de dezembro de 2013

Molejo me entenderia.

  Você é vândalo, pula o muro que construí em volta do meu coração e invade, me enche de você, pra depois eu ficar cheia de saudades. Saudades de jogar conversa fora até tarde, dos "bom dia" depois do meio dia, da tarde deitados na rede fumando e dos seus olhos pequenos em cima dos meus.
  É sempre bom te ter por perto, ser alvo das suas cantadas baratas, as suas mordidas na minha barriga e o tanto que é lindo o abrir e fechar da sua boca enquanto fala o apelido que me deu. Você ainda faz minhas pernas tremerem, minha barriga revirar, meus olhos brilharem e meu coração sapatear em cima da minha razão.
  Ninguem nos apoia como casal, nem minhas amigas, nem minha mãe, e, por muitas vezes acho, que nem você. Por isso digo que já te superei, grito que não te quero mais, passo com outro na sua frente pra mostrar que to em outra, mas basta um encontro casual, um abraço e um cheiro no pescoço que eu caio, caio aos seus pés, esqueço do meu discurso preparado de porque-você-ainda-me-procura-do-nada-se-foi-você-que-não-me-quis-mais-? e do tempo que você ficou sem falar comigo. Esqueço principalmente de quem eu sou, porque na sua presença eu não sou mais minha, sou sua.
Me usa, me abusa, me pega e leva pro canto da sua cama, só não me devolve pro mundo de novo, sempre que você me devolve, eu deixo um pouquinho de mim com você e volto deficiente.
    Era amor, era cilada e eu adorava. Você só não me bagunça mais, porque eu já sou uma bagunça sozinha.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Camping no meu coração

  Sempre que eu canso  e quero fugir de tudo, te incluo nos meus planos.
 A companhia perfeita, diversão garantida, muito carinho, só nós dois e o barulho dos passarinhos. 
Eu  trocava toda a comodidade da minha casa, por uma barraca pequena no meio do mato se fosse com você.

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Super herói.

  E eu queria poder gritar pro mundo que agora eu tenho você. Esfregar na cara de todos os rapazes que me esnobaram e falaram que eu não ia conseguir ninguém pra me aguentar, que eu consegui sim.  Pras tias que perguntam "cadê o namoradinho?" nos eventos familiares, tá aqui, arrumei. 
Queria contar tudo que eu sinto, mas eu tenho medo de te assustar, tenho muito medo mesmo, porque no fundo eu sou uma medrosa que tem tanto amor pra dar, que não sabe como fazer isso sem assustar os outros.
  Mas não, eu não vou gritar, nem esfregar você na cara de ninguém, esse nosso sentimento é sussurro, é não precisar dizer uma palavra e só se olhar pra saber o que o outro quer dizer, é toque com a porta do quarto fechada, é abraço na rua escura e beijo na escada do meu prédio, é mãos dadas no meio da multidão, é musica pra lembrar do outro, é um gostar que não precisa ser dito, porque da pra ver, da pra sentir.
  É homem aranha, conseguiu prender essa Mary Jane que sempre morreu de medo de compromisso sério na sua teia. Você não conseguiu me salvar do assalto, mas me salvou de uma coisa muito mais importante, do medo de gostar de verdade de alguem.
Das tantas coisas que têm me ensinado, a reciprocidade têm sido a mais importante.
Pode ser cedo pra dizer isso, mas obrigada.