sábado, 13 de agosto de 2011

Não vejo finalidade no fim.

  Tenho o péssimo costume de não colocar um ponto final nos meus relacionamentos. Deixo o tempo, ou melhor, a falta de tempo ir me afastando da pessoa e acaba assim, sem conversa, sem despedida, assim como se a gente fosse se ver amanha, só que esse amanha não existe. Por isso eu acabo emendando uma cisma na outra- costumo falar que estou cismada por um cara, e não apaixonada. Paixão da medo, pode virar amor, já a cisma passa, quando a gente nem imagina ela vai embora, e, no meu caso, recomeça com outra pessoa.
  Ex de verdade, de relacionamento serio, são poucos, mas ex de sentimento tenho vários. 
Não me culpe ou me ache fácil, ou ache se quiser, sei que sou sempre intensa nos meus sentimentos, gosto de sentir tudo que as relações podem me proporcionar: se é pra sofrer eu choro até desidratar, se é pra ser feliz eu aproveito cada segundo, se for pra sentir ciume pode ter certeza que eu farei uma dessas patéticas cenas merecedoras de um Oscar. Ou é quente ou é frio, morno não serve, amar com pé atras é muito fácil, quero ver é colocar os dois pés na frente e se jogar.
  Mas, quando penso que não, algum deles aparece na minha frente, mais lindo do que nunca, mais charmoso que o Johnny Deep e mais interessante do que eu já pude supor que eles ficariam um dia. Esse é o problema em sentir demais, ao reencontrar minhas antigas cismas vem tudo de uma vez, uma tsunami de lembranças e sensações que eu nunca consigo controlar e vivo tudo outra vez.

sábado, 6 de agosto de 2011

É real?

  A gente se despede e quando eu olho pra trás você está la, parado,  me olhando. Será que você quer me dizer alguma coisa ou será que eu estou romantizando demais e você estava era olhando para as minhas pernas naquele vestido de verão?
  Fala que gosta do meu jeito mas me cumprimenta com um aceno de longe, será que da pra alguem fazer sentido? Já que eu não sou boa nisso, bem que podia ser você.
  Fico tentando entender se isso é só amizade ou tem algo mais, algo que nós encondemos por medo de não sermos correspondidos.. Sou uma romântica inveterada mesmo, vai ver você só quer me "pegar" e no outro dia fingir que nada aconteceu .

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Palavras não voltam atrás.

  Você fez uma musica pra mim e eu nem lembro a letra, sei que falava alguma coisa do tipo "o jeito daquela ruiva me deixa sem jeito..." ou " me deixa sem chão...". Sinceramente, eu não dei a minima atenção e ainda brinquei que essa musica servia pra qualquer uma que você quisesse, era só trocar o "ruiva" por "morena" ou "loira". Fui dura e grossa com você, e você não merecia... Sempre presente, me ligava, ajudava nos estudos, me deu o apelido de ruivinha riponga, achava um charme quando eu trançava meu cabelo e me contava seus plano pro futuro. Planos em que eu sempre aparecia como seu braço direito, sua parceira e isso me deu medo. Foi ficando serio demais, grudento demais, obrigatório demais, te ver tinha virado um dever e não mais um prazer, então eu fugi. Fugi de você e do sentimento que estava começando a crescer dentro de mim.
  Parece ingrato, mas eu não queria coisa séria, é clichê mas é cabível: o problema não era você, era eu. Eu não queria relacionamento serio não era com você, era com ninguém.
  Tive medo de me entregar, medo de dar tudo errado mais uma vez, fui egoísta e preferi fazer você sofrer ao supor que você me faria sofrer futuramente. Fui fraca e não retribui os sentimentos que você me ofereceu.
  Você me evitou com razão, aquele "a gente nunca vai ter nada" que eu falei é meu arrependimento eterno, não porque eu queria algo com você, não queria mesmo, mas por ter falado de um modo tão grosseiro com quem só faltava "carregar água na peneira" por mim. Ao não olhar na minha cara por algumas semanas eu te dei razão, eu no seu lugar não olharia na minha cara nunca mais, mas você não, vai ter um bom coração assim com outra que te dê valor, não comigo. Me tratar bem foi o maior troco que você podia me dar, continuar me olhando com carinho não demonstra que você é um bobo sem amor próprio, pelo contrario, mostra maturidade, maturidade que eu não tive.
  As vezes da uma saudade do jeito que você me tratava, da vontade de pegar meu celular e te mandar uma mensagem engraçadinha perguntando como você está, mas não, você não merece alguém tão volúvel que ainda não sabe direito o que quer, que um dia te ama e um dia te odeia, um dia sente sua falta e no outro quer a companhia de qualquer um, menos a sua.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Adeus não, até logo - com a ajuda do destino.

  No meio daquela sala cheia, eu sentada em um sofá de frente pra você, cada um conversando com seus respectivos amigos, nos olhamos com o maior ar de cumplicidade da história dos olhares.  Eu com meu jeito tímido de te olhar, meio que entre os fios soltos da minha franja e você escancarado, como sempre, ainda solta um daquele sorrisos faceiros que naturalmente você tem e que intensifica proporcionalmente ao seu teor alcoólico, como quem diz “vem pra cá, tem lugar pra você do meu lado esquerdo - e eu nem estou me referindo à essa cadeira.”Levanto e não resisto, não resisto ao seu cabelo preto cacheado com aparência de meio ensebado, ao seu all star preto que combina tão bem com o meu vermelho, ao seu indiscutível charme de homem vivido, nem à sua barba... E que barba. Se eu fosse falar dela tinha que separar no mínimo um parágrafo pra explicar a influencia que ela tem sobre mim e até arrisco falar que era ela que me mantinha tão fascinada por você.                                                                           Sento do seu lado esquerdo na esperança de estar do lado esquerdo do seu peito também. Então você me abraça só pra sentir meu coração, só pra constatar o que você já sabe: que ele fica acelerado quando eu estou com você. Brinca que “eu faço seu coração disparar”, mas nem imagina que isso não é uma brincadeira, eu e você não somos uma brincadeira, não mais.   Te tenho pela metade, não no quesito sentimento, porque nisso tenho o que mereço. Metade por saber que te ter por inteiro não daria certo, metade por ter que te dividir com outras, por escolha (talvez?), mas, principalmente, por saber que te ter por inteiro agora e te perder depois ia doer muito, mais do que agora que só tenho metade.   
   Esse rolo, que tem data e hora pra acabar, saiu do meu controle e agora, só agora, me dei conta de que eu estou apaixonada por você, pelas suas roupas, pelo modo como alterno ser menina e mulher quando estou ao seu lado. Pode ser mais uma das minhas paixonites que passam em 3 meses, mas nós não temos esse tempo todo, não é pessimismo, é realismo.                                           Você foi embora e eu quase sinto seu cheiro quando fecho os olhos. É um cheiro que, quando nos despedimos, fica em mim o dia inteiro e me faz lembrar de você quando eu bem entendo. Decidi que quero guardar algo de você, algo além das lembranças, que ficam confusas e embaralhadas com o tempo. Pensei em algumas coisas materias, algum objeto que você sempre usa, ou algum dos seus “enfeites” ripongas, mas estava indo pelo caminho errado, melhor escolha seria guardar seu cheiro, que, além de tudo, eu posso reviver na minha cabeça quando eu quiser.