sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Mais um desabafo de alguém que só tenta não trair o seu coração.

  Sou mulher, feminista e não preciso de ninguém pra me fazer ser o que eu quero ser, vou lá e faço, me faço, carrego meu fardo de mês em mês, reclamo que meu cabelo está seco e não acho que uma prostituta é menos pessoa que uma empresaria, nem que uma domestica. Alias, sou contra o xingamento de "puta", sou mesmo, as garotas de programa só são diminuídas na nossa sociedade por que o sexo é considerado algo sujo e ruim. 
Já dizia minha avó,uma coisa que leva as pessoas ao ápice do prazer não pode ser considerado bom por nós, pessoas de bem ou que mulher que sente prazer é "puta". Parece coisa de gente velha, mas, nós sabemos que não é, tem muitos homens e mulheres por aí que pensam a mesma coisa, tanto que, até hoje, muita gente considera a mulher como mulher mesmo, só depois de perder a virgindade. Isto é, você precisa de um homem pra virar mulher, você não é mulher só por ser biologicamente do sexo feminino.
Digo, repito e grito: sou mulher muito antes de qualquer homem me "fazer virar". Sento no bar e peço a minha cerveja tranquilamente, sem ficar pensando que estão achando que eu sou uma encalhada,solteirona e que a minha vida é ruim por não ter um homem ao meu lado; ninguém vai mudar meu modo de vestir para que os homens olhem mais para mim, se eu estou confortável com as minhas roupas e, se ninguém gostar, que se foda, porque eu gostei.
Não é por que não tenho um companheiro que sou uma frustrada com a vida, uma coisa é você buscar um amor, outra é você tentar arrumar um namorado a qualquer custo só pra exibi-lo pra sociedade como um troféu " Olhem, olhem para mim, agora sou parte de vocês, tenho alguém pra chamar de meu e estou encaixando no grupinho de vocês, me aceitem por favor". Isso só demonstra, mais uma vez, que a sociedade acha que você precisa de um homem pra ser feliz, visto que uma mulher beirando os trinta anos e solteira é considera como triste e frustrada com a vida e um homem nessa mesma situação de vida é considerado como um "solteirão feliz e satisfeito".
  Bom, esse é só mais um desabafo de uma menina cansada de ser pressionada pra arranjar um namorado, cansada de chegar sozinha nos lugares e as pessoas olharem com dó e se perguntarem o por que de eu estar sozinha. Estou sozinha por que ninguem apaixonante o suficiente apareceu e eu não pretendo entrar em um relacionamento só para agradar ao mundo.


quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Crises do fim do mundo

  Então você passa em uma faculdade, estuda quatro/cinco anos, forma e depois trabalha pro resto da vida. 
Não sei se esse é o tipo de vida que eu quero pra mim. Eu sei que a gente precisa trabalhar, precisa de dinheiro, mas o foco nessa vida deveria ser buscar a felicidade e não buscar ter dinheiro a cada dia mais, não é? Coisas não nutrem a alma. Amor nutre, alegria, compartilhar felicidades, é isso que eu quero, é por essas coisas que eu vivo.
  Meu plano de vida é me mudar, morar em uma comunidade alternativa perto da praia; criar meus filhos longe de shopping, de transito, de televisão; dar aula com o intuito não de ensinar uma matéria, mas, principalmente, de formar seres humanos sem preconceito, com a cabeça aberta pro mundo e para o diferente. 
  Eu quero é pisar na areia; conseguir ver as estrelas no céu sem ter um arranha céu no meio; o gelado da aguá da cachoeira limpando o corpo; sentir o sol na pele e vento atrapalhando o cabelo.
Trabalhar sim, mas com algo que eu goste, que me faça crescer mentalmente, que me satisfaça, que me faça produzir algo útil pra humanidade.Nunca em busca do crescimento pessoal apenas, mas do coletivo também. O mundo tem muito pra oferecer, pro pouco tempo que sobra na rotina cansativa do trabalhador. 
  No auge dos meus 20 anos, eu quero pouco, eu só quero ser feliz e mudar pra melhor o mundo das pessoas a minha volta com essa felicidade.