terça-feira, 27 de maio de 2014

Tédio urbano, sufoco cotidiano.

Se não sei mais pra onde vou,
rodo,
rodo,
rodo,
perco coisas pelo caminho
por falta de atenção,
por falta de carinho.
Então você vem,
recolhe os versos que eu deixei cair,
pra não faltar eu em mim.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

S.O.S vida

  Idade é uma criação tão maldita, que ela define o que você tem que estar fazendo quando tiver determinado numero, que é definido por um papel. E eu, com meus 21 aninhos, sinto uma pressão enorme da idade. Ela pesa nos ombros e nas ações, você já não pode agir como se tivesse dezoito, o mundo espera que em três anos você amadureça uma vida. Me sinto deslocada e perdida.
  Minha mãe esperava que eu estivesse formada no fim desse ano, e eu decido largar a faculdade. To cheia de decisões-não-decididas, pedindo ajuda, totalmente perdida com o meu futuro, mas incrivelmente mais leve no sentido da obrigação de fazer uma coisa só pra agradar (ou, no caso, evitar desagradar e decepcionar) os outros.
  Não tá tudo bem, eu não me sinto bem assim, como um barco sem remos sendo levado pelas ondas do mar, não da pra ir deixando o universo decidir por mim. 
Talvez eu seja uma grande mimada que nunca viveu as dificuldades da vida direito e fica gastando o tempo pensando e ficando mais indecisa. É, talvez. Mas acredito que não, por que foi um sofrimento largar tudo, e está sendo mais ainda ficar nessa de não saber o que fazer da vida, nessa de ficar com medo de fazer uma outra escolha e não gostar tambem, nessa de que, no fim das contas, o problema estar em mim, não nas coisa que escolho.
   Eu peço ajuda de tudo, santo, pai, mãe, amigos, namorado, internet, desconhecidos no ônibus, gente com prática em desistir e recomeçar. Repito pra mim mesma em silencio pra ver se aceito melhor "Não há um começo sem fim". 
Eu só quero ser feliz, não devia ser tão sofrido...