domingo, 20 de maio de 2012

Carta (pós show) da saudade.

  Oi.
  Eu sei que prometi, pra todos que me viram sofrer com a sua partida, que não te procuraria mais, mas essa não é uma carta de pedido de volta, é que últimos   acontecimentos me fizeram pensar muito em você e há muito tempo eu não te queria tão junto de mim. Senti que isso só poderia ser um sinal e que você precisava saber. Mas, olha, vou entender se você não me responder, talvez seja melhor assim mesmo.
  Você apareceu do nada; entrou sem avisar, sem pedir licença; curou todas as feridas dos outros ex-amores inacabados. Te dei uma musica, um texto, um abraço quente e o meu coração. 
  Ainda tenho aquela carta que você me deu na despedida, que dizia pouco, mas era tudo que eu precisava "do nosso amor a gente é que sabe, pequena" e por conta disso ofereci essa musica a você. Você, meu ultimo romance, mereceu uma das musicas que eu mais gosto, de uma das bandas que eu mais admiro, você mereceu sim.
Meus amigos diziam que isso era um erro, fazer de uma musica objeto para lembrar de alguém é um maiores pecados que se pode cometer, porque quando a pessoa vai embora a musica fica e você passa a odia-la. Mas eu sabia que isso não aconteceria, porque odiar uma musica, se eu não odiava você, o dono dela? Não faz sentido.
  O tempo passou ,e eu até gostei de outras pessoas. Não lembrava de você há muito tempo e não te vejo há mais tempo ainda. Mas ontem, me vi, no meio da multidão, no show do Los Hermanos, com o Amarante na minha frente cantando a sua musica e desatei a chorar. A musica abriu a gaveta mais bem fechada do meu coração, me tocou e derrubou o muro que eu construí em volta dos meus sentimentos por você, a fim de evitar senti-los mais um vez.
Chorei de alegria por estar ali e de saudades de você. Por lembrar que, na época, até quem me visse lendo jornal, na fila do pão, sabia que eu tinha te encontrado, que ninguém podia dizer que era tarde demais e que nós eramos tão diferentes assim, já que do nosso amor, só a gente sempre soube.
Da sua pequena.

Um comentário:

  1. Por que você me odeia, Ana?
    rs

    Eu normalmente evito ouvir essa música, se começa a tocar, eu mudo na hora. Não aguento, sou fraca. Só não esqueço o que ela tem em sua essência de bom: essa música carrega o amor, por si, simples.

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