terça-feira, 24 de janeiro de 2023

Meu dia

Segunda, 23 de janeiro.

Olho pro relógio, são 17h, a exata hora em que eu nasci. Lembro de você falando que queria estar comigo nesse horário, te olho e não acredito que você planejou esse dia, nesse cenário, especialmente pra mim.

Inserida na sinestesia do momento, olhando pro céu azul, sentindo o vento na cara, misturado ao cheiro do seu pescoço coladinho em mim, meus braços passam em volta da sua barriga, já nem reparo na velocidade, não existe mais medo de cair, nem de mais nada do mundo. De repente a definição de me sentir segura e absurdamente feliz virou esse momento.

Junto de um pôr do sol mágico, em meio as dunas, a gente se beijou na mesma quantidade de grãos de areia à nossa volta. Só tinha eu, você e nossa vontade pelo outro. 

O tempo parou. 

Você é sol, é verão, é sessão da tarde, é novela das 22h, é esporte, é fumaça, é beijo na testa e mordida na coxa.

Eu pensava que alguém como você não existia, mas você tá aqui na minha frente, rindo pra mim e das minhas gracinhas.

Não tive nem chance de resistir, sua presença me tomou como o impacto de um cometa, com um romantismo selvagem que me faz perder as palavras.

Você não sai da minha cabeça.

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