segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Canalhas também envelhecem

Eu tentei me enganar, falando que você não faz por mal, que você se importa, que foi só um deslize.

Mas você sabe muito bem o que fez e faz, que vai me magoar, e age sem se importar, sem ter o menor tato, sem valorizar o quanto eu gosto de você, nem nossa história.

Você só gosta de si mesmo.

Tudo arde em mim, até meus ossos sentem a dor da irrelevância que você me deu, do lugar sem o menor prestígio que fui rebaixada, mesmo te colocando no alto do pedestal, junto dos mais bonitos sentimentos que se pode ter por alguém. De perto e de longe. 

Eu te olho e não vejo mais a pessoa que eu tanto admirei. Não enxergo mais turvo, tá tudo cristalino, toda a personalidade autocentrada e individualista, cheio de conversinhas e belas palavras vazias, estão escancaradas diante de mim.

Eu perdi. E não tô falando de você, eu perdi o amor próprio tentando te manter na minha vida, passei por cima de situações que eu jamais achei que aceitaria, sendo colocada em posições que não mereço.

Enquanto me afogo em lágrimas, você dorme o sono dos que não se importam com os sentimentos dos outros, deve ser fácil viver assim, eu nunca conseguiria magoar você dessa forma. 

Distância, isso que eu quero. De tudo que envolva você, nós.

Não tem mais beleza nenhuma em te reencontrar, em te manter na minha vida, em ser sua, nem como amiga, muito menos como amor

Conto com o passar das estações, pra esquecer essa tristeza imensa que se instaurou, agora que a realidade me espancou e a escuridão me abraçou.

É o fim.

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