sexta-feira, 11 de maio de 2012

Saudosista, por que não?

  Acordei nostálgica. Saudades, saudades e mais saudades definem essa manha de sábado. 
  Saudades das conversas filosóficas com o meu pai, da comida da minha mãe, de brincar de me maquiar com a minha irmã e de ver desenho de manha,antes da aula, com o meu irmão. Da minha cadelinha, que aprendeu muito bem como buscar a bolinha, mas não a entregava nem sob ameaça. Das minhas amigas de infancia, todas. De todos os apartamentos que eu já morei e todos os quartos que eu dormi. Dos meus antigos rolos, daqueles que só existiam na minha cabeça, dos meus amores platônicos do ensino fundamental e dos eternos amores da minha vida que, não importa quanto tempo passe, sempre que os revejo sinto um revertério no estomago e começo a tremer. 
  Penso em como minha vida mudou depois que você apareceu e depois que se foi.Você não foi mais um, eu trocaria todos, os rolos, os amores platônicos, todos que já passaram na minha vida, eu trocaria por você, você foi um rito de passagem. Fico feliz só de ter te conhecido e por ter tido o prazer da sua presença ao meu lado, mesmo que por pouco tempo. 
Muito saudosista, eu sei. A gente fica assim, quando nada que está aconteceu na vida, no momento, supera os acontecimentos do passado. 

2 comentários:

  1. "Penso em como minha vida mudou depois que você apareceu e depois que se foi."

    Ô Ana, pensei nisso esses dias... Tem gente que entra sem pedir licença, sai sem dizer tchau e a gente fica com a cara de babaca perguntando o que foi que aconteceu. Daí que vem a mudança, da percepção que algo foi mais forte que nós mesmos, que o sentimento era tão forte e tão arrebatador, a vontade era tão grande que passa por cima de qualquer coisa que poderíamos ser. Acaba que nos transformamos no que aquela vontade deixou e do pouquinho que ficou do "Outro".

    Tá fácil pra ninguém.

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  2. A graça está em não devolver a "bolinha".

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