quarta-feira, 12 de outubro de 2011

A (por mim desconhecida) linha tênue entre o amor, a paixão e o ódio.

  Com você não era amor, era paixão avassaladora, diabólica, obsessiva, compulsiva. Amor é sentimento pra gente centrada, coisa que nós nunca fomos, paixão é que queima, doí,enlouquece, cega. Paixão é sentimento de gente corajosa.
  Não era relacionamento pro sofá da minha sala, era pro banco de trás do meu carro, pra cima da pia da sua cozinha, para os  últimos assentos do canto do cinema. Você não é do tipo pra apresentar para os meus pais, era do tipo pra me apresentar todos os cantos da sua casa de praia.
  Juntos era perversidade e ligações inesperadas no meio da tarde, com a voz firme e decidida "to na porta da sua casa. Desce agora." . Eu, sempre acostumada a mandar e desmandar nos meus antigos relacionamentos, ficava puta com esse jeito de me tratar. Era isso que você queria, isso que você gostava, de me ver distribuindo tapas, palavrões e vociferando insultos. Tapas seguidos de beijos, palavrões seguidos de carinhos, insultos seguidos de apertos do meu corpo contra o seu.
Essa era a diferença desse para os meus outros relacionamentos, não tinha diferença entre amor e odio, eram misturados junto a nós e os lençóis da nossa cama.

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