segunda-feira, 24 de junho de 2024

O garoto que dá sorte

No primeiro segundo que a gente trocou olhares naquele backstage alguma coisa diferente bateu. De repente a gente entrou em uma competição de quem ia conquistar o outro sendo mais engraçado, e nunca mais parou de competir.

Onde voce tava? Perguntou o Luccas Carlos, enquanto eu perdia a noção da hora rindo das suas gracinhas. Era sol nascendo de um lado e riso com flerte do outro.

Antes da gente se despedir eu já tava torcendo pra minha simpatia esbarrar na sua extroversão mais vezes.

E esbarraram.

As paredes dos hotéis amam nossos sorrisos juntos, as camas já perderam as contas de quantas vezes eu perdi o ar com você, os chãos conhecem bem as nossas roupas e os alarmes de fumaça você dribla muito bem.

Como duas pessoas que não convivem diariamente se entendem pelo olhar? Me pergunto todas as vezes que a gente tá junto.

Você é lindo, por dentro, por fora, do avesso. Original, no estilo, nos cabelos e na paquera.

A sua característica mais preciosa é seu coração gigante, toda vez que você fala da sua família, é quando mais me derreto.

Esperto. Rápido com as palavras e demorado nos carinhos.

Toda vez que tá dentro fala baixinho no meu ouvido "que sorte eu tenho" e eu te olho fixamente, pronta pra te engolir.

No nosso último encontro você disse que eu fiquei linda com a sua camisa do flamengo e eu disse que se a gente morasse na mesma cidade ia te promover a meu namorado.

Acho que as duas verdades tem pesos iguais.

Você não é meu, mas bem que podia querer ser.