(escrevi ouvindo a versão da anavitoria em loop, no fim não podia ter outro nome)
De tempos em tempos você aparece nos meus sonhos, as vezes é muito real, outras muito fantasioso, mas ultimamente tem sido estranho, eu te procuro, procuro e não consigo te ver, você ta lá, em algum lugar, mas ta intocável. Acordo frustrada.
Assim como me perco tentando reavivar os sonhos com você na manhã seguinte, as vezes me pego tentando lembrar a cronologia dos nossos encontros e desencontros. Perdida entre o que aconteceu mesmo e o que eu gostaria, que incrível é o mecanismo da imaginação pra quem ta longe fisicamente.
Em meio a tamanha confusão mental, sei que das últimas vezes que te vi não foram satisfatórias, sempre entre linhas, entre olhares, entre pessoas.
Eu detesto o conceito de subentendido.
Por outro lado, não me senti segura de te ver só, só nós dois. A gente sabe que as coisas podem sair do controle facilmente na situação de estar longe dos olhos da sociedade.
Engraçado como que contra o destino nem o tempo tem vez. E isso, de forma positiva e negativa, da pra ilustrar bem essa historia, que até certo ponto eu chamo de nossa.
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